Atos 23:3

A história da acusação de Paulo contra o sumo sacerdote

Paulo estava em meio a um julgamento perante o Sinédrio, o conselho judaico que julgava questões religiosas e civis em Jerusalém. Ele havia sido preso por pregar o evangelho de Jesus Cristo e por ser acusado de violar a lei judaica. Durante o julgamento, Paulo percebeu que havia fariseus e saduceus no conselho e decidiu usar isso a seu favor.

Ele começou a falar em sua defesa, dizendo que era fariseu e que acreditava na ressurreição dos mortos, o que causou uma discussão entre os membros do conselho. O sumo sacerdote, Ananias, ordenou que Paulo fosse golpeado na boca por falar mal dele. Paulo, indignado, respondeu que Ananias era uma parede branqueada, ou seja, alguém que aparentava ser justo e correto por fora, mas que na verdade era hipócrita e injusto.

Essa expressão era comum na época, pois as paredes das casas eram caiadas de branco para esconder as imperfeições e dar a impressão de que eram mais limpas e bonitas do que realmente eram. Paulo usou essa metáfora para mostrar que Ananias não era o líder justo que aparentava ser.

Além disso, Paulo questionou a atitude de Ananias de mandar golpeá-lo, já que isso ia contra a lei judaica que proibia o julgamento sem um julgamento justo. Ele argumentou que Ananias estava agindo contra a lei e que Deus o puniria por isso.

Essas palavras de Paulo causaram uma grande discussão no conselho, com fariseus e saduceus se dividindo e brigando entre si. A situação ficou tão caótica que o comandante da guarda romana teve que intervir para evitar uma revolta.

No final, Paulo foi levado de volta para a prisão, mas sua defesa causou uma grande confusão no conselho e mostrou que havia divisões entre os líderes religiosos da época. O episódio também mostra a coragem de Paulo em enfrentar as autoridades religiosas e defender sua fé, mesmo que isso significasse ir contra as tradições e leis da época.