Mateus 11:18

18

Pois veio João, que jejua e não bebe vinho, e dizem: ‘Ele tem demônio’.

Significado do Versículo

João se refere a João Batista, o profeta que preparou o caminho para Jesus.

A prática mencionada é o jejum, que envolve a abstinência de comida ou bebida por um período de tempo.

As pessoas dizem que João tem um demônio porque ele se abstém de vinho e comida, o que é visto como uma prática estranha e possivelmente indicativa de possessão demoníaca.

A passagem ocorre em um contexto em que Jesus está falando sobre a rejeição que ele e João enfrentaram das pessoas de sua época.

A passagem nos ensina que as pessoas muitas vezes têm opiniões negativas sobre aqueles que são diferentes ou que têm práticas incomuns.

O jejum é visto como uma prática espiritual importante na Bíblia, muitas vezes associada à oração e à busca de Deus.

O vinho é visto como um símbolo de alegria e celebração na cultura bíblica, mas também pode ser associado ao excesso e à embriaguez.

As pessoas podem associar a falta de consumo de vinho com a presença de um demônio porque a abstinência de prazeres mundanos é vista como uma prática espiritual que pode ser interpretada de maneiras diferentes.

Essa passagem se relaciona com outras passagens bíblicas sobre João, que o descrevem como um profeta poderoso e corajoso que pregou a verdade, mesmo em face da oposição.

Podemos aprender com a experiência de João que seguir a Deus muitas vezes envolve fazer escolhas difíceis e enfrentar a oposição das pessoas, mas que a fidelidade a Deus é sempre recompensada.

Explicação de Mateus 11:18

A história de um profeta incompreendido

João era um homem dedicado a Deus desde a sua juventude. Cresceu no deserto, alimentando-se de gafanhotos e mel silvestre, e pregando a palavra do Senhor. Sua voz ecoava pelos vales e montanhas, chamando as pessoas ao arrependimento e à conversão. Muitos o ouviam com atenção e se batizavam em suas águas, confessando seus pecados e prometendo mudar de vida.

No entanto, nem todos aceitavam João como um profeta autêntico. Alguns o viam como um excêntrico, um louco, um fanático. Achavam estranho o seu modo de se vestir, com uma túnica de pelos de camelo e um cinto de couro na cintura. Achavam ainda mais estranho o seu regime alimentar, baseado em insetos e néctar. E achavam intolerável o seu discurso de denúncia contra os poderosos e os hipócritas.

Um dos principais pontos de controvérsia era o fato de João não beber vinho. Para muitos, isso era um sinal de que ele estava possuído por um demônio, pois se recusava a desfrutar de um dos prazeres mais comuns da vida. Além disso, o vinho era considerado uma bebida sagrada pelos judeus, usada em cerimônias religiosas e festas familiares. O fato de João rejeitá-lo era visto como uma afronta à tradição e à cultura.

Mas João não se importava com as críticas e as calúnias. Ele sabia que a sua missão era anunciar a chegada do Messias, o Filho de Deus que viria para salvar o povo de seus pecados. Ele sabia que precisava preparar o caminho para esse Salvador, pregando a conversão e a justiça. Ele sabia que sua vida não era dele, mas de Deus.

Por isso, ele continuava a jejuar, a pregar e a batizar. Continuava a denunciar os fariseus e os saduceus, chamando-os de "raça de víboras" e "sepulcros caiados". Continuava a apontar para aquele que viria depois dele, dizendo: "Eu não sou digno de desamarrar as suas sandálias". E continuava a ser incompreendido e perseguido pelos que se opunham à sua mensagem.

Foi nesse contexto que Jesus, o Messias esperado, apareceu na Galileia. João o reconheceu imediatamente como aquele de quem havia falado, e o batizou no rio Jordão. Mas mesmo depois desse encontro divino, João continuou a ser criticado e ridicularizado pelos seus detratores. E foi nesse contexto que ele disse as palavras que ficariam registradas para sempre na Bíblia: "Pois veio João, que jejua e não bebe vinho, e dizem: ‘Ele tem demônio’."

Essas palavras mostram a grandeza de João como profeta e como homem de Deus. Elas mostram que ele não se deixou abater pelas críticas e pelas injúrias, mas manteve-se fiel à sua missão até o fim. Elas mostram que ele não se importava com as convenções sociais e religiosas, mas seguia a voz do Espírito Santo. E elas mostram que ele era um precursor de Jesus, que também seria incompreendido e rejeitado pelos homens, mas que traria a salvação para todos os que o aceitassem.

Versões

18

— Pois veio João, que não comia nem bebia,e as pessoas dizem: "Ele tem demônio!"

18

João Batista jejua e não bebe vinho, e todos dizem: “Ele está dominado por um demônio.”