Romanos 2:14

14

( De fato, quando os gentios, que não têm a lei, praticam naturalmente o que ela ordena, tornam-se lei para si mesmos, embora não possuam a lei;

Significado do Versículo

Os gentios são pessoas que não são de origem judaica, ou seja, não são descendentes de Abraão.

"Não têm a lei" significa que eles não foram dados os mandamentos e ordenanças específicas da lei mosaica.

"O que ela ordena" refere-se aos princípios morais e éticos contidos na lei mosaica.

Os gentios podem praticar naturalmente o que a lei ordena porque esses princípios são inerentes à natureza humana e são reconhecidos em todas as culturas.

"Tornam-se lei para si mesmos" significa que, ao seguir esses princípios, os gentios estabelecem uma lei moral para si mesmos.

Os gentios podem ser considerados justos porque, ao seguir esses princípios, eles estão agindo de acordo com a lei moral de Deus.

A lei mencionada neste versículo é a lei mosaica, que foi dada aos judeus.

Os gentios podem ser julgados por Deus com base em sua obediência à lei moral que eles estabeleceram para si mesmos.

O propósito deste versículo é mostrar que a justiça não é baseada apenas na obediência à lei mosaica, mas também na obediência à lei moral que é inerente à natureza humana.

Este versículo se relaciona com o restante do livro de Romanos, que enfatiza que a justiça é obtida pela fé em Jesus Cristo, não pela obediência à lei mosaica.

Explicação de Romanos 2:14

A lei que os gentios praticam naturalmente

O versículo em questão é uma passagem do livro de Romanos, escrito pelo apóstolo Paulo. Nele, Paulo discorre sobre a justiça de Deus e a salvação pela fé em Jesus Cristo. No capítulo 2, Paulo aborda a questão da lei e da justiça, argumentando que tanto judeus quanto gentios são culpados diante de Deus por seus pecados.

É nesse contexto que surge a referência bíblica em questão. Paulo afirma que os gentios, que não possuem a lei de Moisés como os judeus, ainda assim são capazes de praticar o que a lei ordena de forma natural. Em outras palavras, mesmo sem terem recebido a revelação da lei, os gentios são capazes de discernir o certo e o errado e agir de acordo com essa compreensão.

Essa ideia não era nova na época de Paulo. Filósofos gregos como Sócrates e Platão já haviam argumentado que a moralidade era inerente ao ser humano, e que a virtude poderia ser alcançada por meio da razão e da reflexão. No entanto, Paulo vai além ao afirmar que essa capacidade moral dos gentios é uma prova da lei de Deus escrita em seus corações.

Essa ideia tem implicações importantes para a teologia cristã. Em primeiro lugar, ela sugere que a salvação não é exclusiva dos judeus que possuem a lei, mas que os gentios também podem ser justificados diante de Deus por meio de sua fé e de suas boas obras. Em segundo lugar, ela enfatiza a universalidade da lei moral de Deus, que não se restringe a um povo ou a uma cultura específica.

No entanto, é importante notar que Paulo não está sugerindo que os gentios são capazes de salvar a si mesmos por meio de suas obras. Ele argumenta que todos, judeus e gentios, são pecadores e estão sujeitos ao juízo de Deus. A salvação só é possível por meio da fé em Jesus Cristo, que cumpriu a lei em nosso lugar e nos redimiu de nossos pecados.

Em resumo, o versículo de Romanos 2:14 é uma afirmação da capacidade moral dos gentios, que são capazes de praticar o que a lei ordena mesmo sem tê-la recebido formalmente. Essa capacidade é vista como uma prova da lei de Deus escrita em seus corações, e tem implicações importantes para a teologia cristã. No entanto, Paulo enfatiza que a salvação só é possível por meio da fé em Jesus Cristo, que é o único caminho para a justificação diante de Deus.

Versões

14

Quando, pois, os gentios, que não têm a lei, fazem, por natureza, o que a lei ordena, eles se tornam lei para si mesmos, embora não tenham a lei.

14

Os não judeus não têm a lei. Mas, quando fazem pela sua própria vontade o que a lei manda, eles são a sua própria lei, embora não tenham a lei.